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Política
Welcome to 2019
2 de janeiro de 2019 at 12:15 0

Seja bem vindo a 2019.


Acredito que todos nós brasileiros que realmente elegeram o candidato da mudança, Jair Bolsonaro - tanto por motivações ideológicas ou também através do voto útil como foi meu caso - estão mais alinhados ao estilo de vida do povo brasileiro do que veio sendo proposto pelos partidos de esquerda em geral aos longo destes 12 anos de poder.

Já esta muito claro que estas mudanças deverão acontecer em uma forma mais ampla que o esperado.

A começar pela revitalização do Itamarati que ao longo deste governo foi posto como um coadjuvante na questão de politica externa, tendo que passar por vários vexames internacionais principalmente no governo Dilma Rousseff. Esta, especialista em gafes externas.

Acordos estranhos com países duvidosos e oportunistas, sem uma mínima governança, como no caso de Cuba através do convênio “mais médicos” - em que se utilizou de um momento de crise de saúde para se importar médicos cubanos que serviram simplesmente aos interesses tanto do PT, como de um governo que respeita zero os direitos humanos como Cuba. O processo de remuneração dos mais médicos nunca foi explicado porque dois terços dos recursos do governo brasileiro ficava retido em Cuba, sabe se lá por quê. De 3 mil dólares , os médicos só recebiam 1 mil US. Totalmente descabido.

Para mim ficou claro de como as coisas poderão mudar agora. O Presidente de toda nação, sem esquerda ou direita, que já demonstra a sua capacidade e vontade de fazer mudanças efetivas, mostrando que dará uma guinada de 180 graus em relação a nova política externa, se alinhando a principais países que historicamente tem convergência de política e de estilo de vida. Por que? Cuba, Venezuela, Equador, Irã e outras aproximações sem nenhuma assemelhações ideológica com o povo Brasileiro.

Basta ver que agora no êxodo de imigrantes venezuelanos, a solidariedade não foi de nenhuma identificação, e sim os expulsaram porta a fora do país. Por que os ditos partidos de esquerda não cuidaram ou assistiram de alguma forma esta população de imigrantes carentes e famintos de solidariedade? Possivelmente para não chamar atenção para a forma como são tratados os milhões de Venezuelanos por um regime que foi amplamente reconhecido pelo governo petista.

Em relação à escolha de países com maiores convergências ideológicas - como Estados Unidos e Israel, assim como tantos outros alinhados com o pensamento democrático - Bolsonaro tem dado sinalizações claras de “Welcome”.

Diferentemente do que foi amplamente publicado pela mídia - em que mostrava um Bolsonaro alinhado com um regime militar - e que se publicou muita informação duvidosa de uma possível volta à um regime não democrático, a ideia foi, sem duvida, se esvaziando pelas ações e sinalizações do novo presidente.

O BNDES foi usado inúmeras vezes para demostrar seu apreço e apoio a todos aqueles países com cunho ideológico de esquerda e marcado pela opressão. Com apoio financeiro a estes países, nunca entendemos a razão objetiva e politica de porquê se fazia tanta questão de dar dinheiro a eles, já que são tão diferentes da nossa verdadeira vocação democrática. Agora, depois dos escândalos da Lava-Jato, compreendemos a verdadeira razão destes empenhos.

Muitos artistas e músicos famosos se apoiam na ideia de que você pode ser democrático e de partido de esquerda, de partidos políticos que vendem este conceito social e comunista. Eu pessoalmente não consigo entender como o comunismo seria “democrático”, até porque não é e nunca foi. As pessoas precisam ler mais a história sobre os lideres do sistema partidário comunista, ou mesmo ver filmes de história biografica dos fundadores do partido comunista.

Sempre tiveram como âncora a revolução, não necessariamente pacífica, como mostra a história da Rússia e China que foram os grandes fundadores do partido comunista no mundo.

Não se tem na história da humanidade o tamanho do morticínio que estes dois países comunistas causaram à sua população. Trotskistas, Lenin, Stálin e Mao Tstung dizimaram milhões da população de seus países em nome de suas ideologias partidárias. Basta ler a biografia dos três.

Mas o que isto tem a ver com a gente aqui no Brasil? Na realidade, há um simbolismo maior do que imaginamos.

O conceito vulgarmente de direita ou esquerda usado na eleição recente trouxe de volta esta termologia que talvez estivesse relativamente esquecida por nós, e principalmente por uma nova geração que não tem dado muita atenção o que significa de fato, mas que, ao final, foi o que fez a diferença entre os candidatos. A esquerda chamada light, pão com cocada, são normalmente usadas de uma forma enganosa e que de certa forma confunde o cidadão de boa fé. Em um exemplo muito claro, podemos ver que as demandas sociais dos chamados “sem terra” sempre foram estimuladas e amplamente amparadas pelos mesmos partidos de esquerda e usadas como um instrumento de barganha. O MST é um movimento apoiado pela esquerda e com ocupações não democráticas, inspirado nos conceitos Marxistas. “O povo é o poder”, diferente do viés democrático de que o povo elegeo poder.

Mas esta eleição reacendeu o conceito, pois o candidato Bolsonaro levantou a bandeira da direita e nos fez lembrar de onde vem a esquerda.

Muitas pessoas me perguntam como eu acho que vai ser o governo do nosso próximo presidente. Eu simplesmente nunca me prendi a promessas de campanha de nenhum candidato, e sim aos sinais que me são dados - tanto pela própria mídia ou por informações de redes sociais. E, sinceramente, estou surpreso positivamente, até porque, como muitos, nunca fui Bolsonarista mas acabei admirando sua forma de lidar com o controverso, e com um racional bastante diferente do que a mídia vinha caracterizando em varias situações  que geraram muita controvérsia e confusão de opiniões, além de deixarem muitas dúvidas do real posicionamento do novo presidente - como casos envolvendo xenofobia, se posicionar contra os índios, pobres e outros casos polêmicos, até mesmo a respeito de ser a favor da ditadura militar.

Ninguém trilha um caminho de governo ditatorial fazendo convite para países democráticos e desconvidando países como Venezuela e Cuba, que não se alinham na democracia. São os mesmo sinais que a posse do governo Dilma deu no sentido inverso, basta ver a fotografia da posse. Assim, confesso que reavaliei o meu posicionamento em relação ao novo governo e considero que podemos, sim, ter um ciclo econômico bastante favorável ainda que o governo tenha grandes dificuldades em relação ao legislativo. Mas como dizemos: isto faz parte do pacote.
Alguns pontos que observei que considerei bastante positivos e me deixam mais otimista:

- Posicionamento bastante claro em relação à aproximação com países com amplo histórico democrático, que são por natureza de livre comércio e de maior liberdade à iniciativa privada. A tecnologia hoje deverá ser cada vez mais proxima do comércio mundial, sem necessariamente precisarem estar em blocos. Já é possível visitar feiras no mundo inteiro virtualmente e essa tendência irá aumentar cada vez mais, assim como outras ferramentas institucionais.

- Acordos bilaterais de comércio são uma realidade pois as negociações em blocos regionais, especificamente do Mercosul, em que não se consegue atender aos interesses de uma região como um todo pelas diferenças e momentos econômico de cada país como Brasil e Argentina.

- Politica de defesa de todo cidadão de bem para ter o direito de se defender poderá inibir um pouco mais a criminalidade que assola o país e hoje se tornou um dos maiores e principais problemas nacionais.

- Direitos iguais a todos os cidadãos, independente de quotas de raça, cor, origem indígena (ou não), sexo ou orientação sexual, só gera distorções em relação a outros que também consideram injustiçados por não ter os mesmos privilégios.

Assim, com certeza, teremos um início marcante e diferente por posições ideológicas bem distintas do que convivemos ao longo da última década.

E diferentemente de que alguns pensam, as diferenças e valores são relevantes, tão grandes quanto o tamanho do estado que cada um sonha. À direita um estado de menor influência na nossa vida, e à esquerda com maior influência do estado a começar pelo tamanho e relevância do poder público.

Enfim, somos agora de direita e espero que continuemos a ser um país mais democrático, votado democraticamente pela maioria.

Welcome to 2019.

Vamos comemorar a entrada de ano com bastante otimismo e apostando em um futuro melhor. É o que desejo a todos os brasileiros.

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Câmbio, Política
Os mercados antecipam as eleições?
27 de junho de 2018 at 11:32 0

Sem dúvida a greve dos caminhoneiros antecipou o calendário eleitoral. Tanto a bolsa quanto os juros futuros e o câmbio incorporaram os fatores externos advindos da mudança de postura da economia americana. O aumento de juros e o protecionismo da economia americana fez com que fosse interrompida a calmaria que vinha perdurando nas economias emergentes em geral.

Além disso, essa mesma greve evidenciou a realidade e a fragilidade do governo atual que, para se livrar de um incômodo pontual, acomodou a situação e deixou a sensação de que estávamos muito mais vulneráveis do que imaginávamos.

O principal detonador da crise de confiança do mercado foi a demissão do Presidente da Petrobras, Pedro Parente, em função da falta de alinhamento com o discurso do governo de não estar mais vulnerável ao intervencionismo do preço de combustíveis. O governo, entretanto, por meio de decreto, acabou baixando o preço do óleo diesel. Pedro Parente saiu.

Com os mercados extremamente voláteis e seis meses eleitorais pela frente, fica a indagação dos mercados sobre o que esperar da diretriz econômica. Não há sequer um perfil aproximado do possível novo presidente, com exceção dos candidatos de centro, que não parecem ser os favoritos da população conforme as pesquisas recentes.

Aparentemente o gerenciamento dessa crise de confiança coube ao Banco Central. Instalada desde antes da Copa do Mundo, restou ao BC conduzir essa difícil e complicada transição eleitoral, evitando a solidificação do caos e pânico aditivados pelo grau de incerteza agora instalado.

Os mais experientes, como eu e outros da minha geração, já viveram várias crises cambiais. Sabemos como elas começam e os distúrbios gerados à vida cotidiana. A instabilidade do cenário, além de gerar uma grande incerteza na economia e nos negócios em geral, detona o índice de confiança, fundamental para os investimentos.

Nosso câmbio já vinha sendo precificado sem grandes interferências do BC, porém a onda de desvalorização dos mercados emergentes fez necessária a adição de todas as variáveis de risco político.

Em sua última reunião, o FED americano sinalizou uma alta gradual de juros, inviabilizando uma trégua cambial no curto prazo. Essa medida já contamina a curva de juros futuros, criando uma expectativa inflacionária a ser avaliada. Já aqui no Brasil, a decisão do COPOM no último dia 19 não surpreendeu quem acreditava no discurso de meta inflacionária do presidente do BC. O foco continua sendo o target inflacionário, o que não impactaria a trajetória de juros pelos distúrbios no câmbio, deixando de atrair capital especulativo e, consequentemente, diminuindo prêmio de risco do câmbio.

Há um velho ditado do mercado que diz: “a bolsa machuca, os juros aleijam e o câmbio mata”. A sabedoria das gerações passadas se mostrou novamente realidade.

Para que haja clareza: entregar um governo com a volatilidade econômica controlada é uma tarefa árdua, mas possível. Isso dependerá exclusivamente da perícia do Banco Central em administrar a tensão do mercado, dependendo de como vai operar os grandes momentos de estresse cambial.

O dólar a R$ 4,00 já é uma realidade no curto prazo, mesmo com as intervenções diárias do Banco Central. O grande problema não é o alto valor do dólar em si, já que setores da economia se beneficiam disso, e sim a oscilação em alto grau. A mudança de cotação de R$ 4,00 para R$ 4,50 fragiliza a confiança na política cambial brasileira.

O BC não terá trégua diante da intensidade dos eventos de descontinuidade política. Como ficou demonstrado nas últimas semanas, o mercado antecipou as eleições que estavam marcadas para depois da Copa. Cada pesquisa será refletida no dólar, nos juros e na bolsa. Como o câmbio mexe com toda cadeia econômica do país, a volatilidade exacerbada acaba paralisando a atividade econômica. Nessa situação, os agentes financeiros e a própria cadeia de importadores e exportadores têm dificuldades na formação de preço dos seus produtos. Se o dólar estiver muito volátil, o exportador pode estacionar os recursos no exterior, enquanto o importador adiará o fechamento do câmbio.

Não podemos desconsiderar a sensação de desalinhamento entre os juros internos e os juros americanos. Esse descolamento somado à baixa atratividade de investimentos em títulos soberanos brasileiros tem uma consequência: a curva futura de juros sobe.

A medida governamental de intervenções programadas de SWAP, como a anunciada no último dia 8, torna a política cambial mais ativa e menos reativa. Naquela ocasião, o câmbio despencou 6% em um dia e deu uma forte sinalização de mudança de comportamento. O que poucos notaram, entretanto, foi o fato da intervenção vir colada à oferta de crédito ponte de R$ 50 bilhões do FMI para a Argentina, que já estava sofrendo um ataque a sua moeda.

A realidade é que o preço do dólar não está mais alinhado aos indicadores técnicos e à metodologia de preço justo, mas ao prêmio de risco associado ao imponderável, isto é, àquilo que não enxergamos, principalmente no campo eleitoral. Um cenário otimista a favor do câmbio seria o crescimento dos candidatos de centro, em especial Geraldo Alckmin.

Jogue sua calculadora financeira fora, pois será de pouca utilidade para operar o mercado. O momento atual é de observação e sentimento. Fique atento às pesquisas, pois elas serão o gatilho de alta ou baixa do dólar.

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